“O mercado ainda se encontra longe de um equilíbrio entre procura e oferta, pelo que os preços continuarão a ser pressionados em alta pela escassez de oferta de imóveis para venda”. Esta é uma das conclusões de um estudo do Bankinter sobre a estratégia de investimento para o primeiro semestre de 2020 e que foi divulgada esta quinta-feira pelo portal Casa SAPO.
Segundo a mesma notícia, a instituição bancária diz que este cenário se deverá manter durante o ano de 2020 mas num “ritmo mais moderado”, visto que haverá “nova oferta” que deverá começar a entrar no mercado” este ano.
No entanto, os números serão superiores ao esperado: o Bankinter prevê que o aumento dos preços das casas seja na ordem dos 4,5% em 2020 e 3% em 2021, contrariamente aos esperados 3% e 1,5% previstos anteriores para os anos já referidos, respetivamente.
A subida de preços não será, no entanto, homogénea por todo o país. “Consideramos que algumas regiões começam a apresentar sinais de sobrevalorização, como é o caso da capital Lisboa, onde a subida dos preços tem sido particularmente acentuada devido ao boom do Turismo (Lisboa é a capital europeia com maior número de apartamentos de Airbnb por habitante) e da procura por parte de estrangeiros (condições fiscais atrativas)”, refere o documento, que não esquece de frisar que os preços das casas em Lisboa ainda são “substancialmente inferiores aos das restantes capitais europeias”.
Já na construção, o banco prevê que uma grande fatia do investimento realizado no país seja para este setor, apresentando este cenário como sendo “expectável”.