Arrendamento: falta de oferta leva inquilinos a oferecem 12 meses de renda em Lisboa

Presidente da ANP diz que se trata de “um crime de especulação”.
Freguesia de Estrela/Unsplash
Este artigo foi publicado há, pelo menos, 7 anos, pelo que o seu conteúdo pode estar desatualizado

Muita procura, pouca oferta. Este é o cenário do arrendamento um pouco por todo o país. 

Mas a situação em Lisboa é bastante dramática: segundo o portal imobiliário Idealista, já há inquilinos a oferecerem 12 meses de renda para garantir os imóveis. António Frias marques, presidente da Associação Nacional de Proprietários (ANP), descreve o mercado de arrendamento como estando “seco”. 

Como é óbvio, são sobretudo cidadãos estrangeiros a fazer este tipo de propostas, principalmente de nacionalidade brasileira, diz o portal citando o jornal i. “São pessoas que não têm IRS para apresentar o que, para muitos senhorios, serve de garantia para poderem avaliar a capacidade do potencial inquilino”, diz uma agente imobiliária ao diário. “Como têm dinheiro em carteira, optam por pagar a pronto durante um ano porque assim conseguem garantir o imóvel”, acrescenta. 

Frias Marques, por sua vez, diz que “estamos perante um crime de especulação”. Segundo o dirigente, “os senhorios só podem receber até cinco rendas adiantadas: três correspondentes a rendas e mais duas referentes a caução”. 

O problema não parece ter fim à vista: a falta de oferta poderá levar a uma “grande retração” do mercado de arrendamento, provocando um aumento de preços. 

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